A Polícia Civil de Minas Gerais investiga crimes cometidos pelo suspeito desde os anos 1980; as vítimas dos abusos eram crianças de idades entre três e 11 anos
O ex-padre Bernardino Batista dos Santos, de 76 anos, pode ter abusado de mais de 50 crianças de idades entre 3 a 11 anos desde os anos 1980. O suspeito foi preso nesta quarta-feira (23e deu detalhes do caso em uma coletiva de imprensa.
A Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão expedido nessa segunda-feira (21após a denúncia da mãe de uma vítima abusada em um sítio do padre na cidade de Tiros, no interior de Minas Gerais, em 2016.
“Com base nos relatos dessa vítima, da mãe dela e das testemunhas que estavam no sítio no dia dos fatos, a gente conseguiu apurar o crime de estupro de vulnerável, solicitar a prisão dele ao poder judiciário de Tiros e na data de hoje efetuar a prisão dele e encaminhar ao presídio”, contou Bruno Henrique de Deus, da Delegacia de Polícia Civil de Tiros.
Segundo as investigações, o ex-padre utilizava o sítio para abusar as crianças, que iam ao local em excursões escolares. O suspeito agia após retirar as vítimas de perto dos pais, que confiavam nele pela autoridade que exercia como líder religioso. A Polícia Civil afirma que eram cometidos todos os tipos de abuso, inclusive conjunção carnal.
Em 2021, o homem se desfez do sítio e se mudou para Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde foi preso na tarde desta quarta-feira. Ele foi preso sob a suspeita de estupro de vulnerável, que tem pena prevista de oito a 15 anos de detenção.
A Polícia Civil informou que as investigações apontam para mais de 50 vítimas do ex-padre, de idades de 3 a 11 anos. Cerca de 10 já foram ouvidas pelas autoridades policiais, mas a corporação reforça o pedido para que possíveis outras vítimas compareçam a uma delegacia para realizar denúncia, mesmo que o crime já tenha prescrevido.
“É necessário que essas outras vítimas procurem uma delegacia de polícia para noticiar essa esse crime, porque enquanto mais vítimas a gente conseguir localizar, maior vai ser a pena e mais perto da justiça vai estar”, afirma Ana Paula Gontijo, da Delegacia Regional de Juatuba.
Itatiaia