O volume do setor de serviços em Minas Gerais cresceu 3,3% no mês de setembro na comparação com igual mês do ano anterior e 0,8% em relação a agosto
O setor de serviços em Minas Gerais cresceu 3,3% em setembro, ante igual intervalo do ano passado. Este é a terceira alta consecutiva e foi impulsionada pelo incremento na demanda por serviços prestados às famílias, além de informação e comunicação.
Apesar do desempenho positivo, a atividade no Estado cresceu menos que a média nacional na mesma base de comparação, quando atingiu 4%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A expansão do volume de serviços foi registrada, além de Minas, em outras 18 das 27 unidades da Federação. A contribuição positiva mais importante ficou por parte de São Paulo (6,9%), seguido por Rio de Janeiro (3%), Santa Catarina (8%e Minas Gerais. Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-10,4%liderou as perdas do mês, seguido por Mato Grosso (-13,9%e Mato Grosso do Sul (-11,2%).
De acordo com o IBGE, quatro das cinco atividades pesquisas apresentaram resultado positivo em setembro na comparação com o mesmo período de 2023. A maior variação foi registrada em Serviços prestados às famílias, com incremento de 10,8% no período. Em seguida, Serviços de informação e comunicação avançou 10,3%.
Comparação com o mês anterior
Com relação a agosto, Minas cresceu 0,8% e também ficou abaixo do índice nacional que foi de 1%. Nos últimos 6 meses, foram registradas quatro variações positivas e duas negativas, comprovando tendência de crescimento no setor de serviços em Minas Gerais.
“O setor se encontra próximo do maior patamar da série histórica. Somente o mês de abril de 2024 está acima”, afirmou o economista do IBGE responsável pela pesquisa em Minas Gerais, Daniel Dutra.
Nos últimos 6 meses, foram registradas quatro variações positivas e duas negativas, comprovando tendência de crescimento no setor de serviços em Minas Gerais. “O setor se encontra próximo do maior patamar da série histórica. Somente o mês de abril de 2024 está acima”, ressalta Daniel Dutra.
Resultado acumulado
Com o desempenho em setembro, o setor de serviços acumula crescimento 2,6% nos primeiros nove meses deste ano, puxado pelo grupo de Serviços prestados às famílias (9,1%e Serviços de informação e comunicação (8,4%).
No acumulado dos 12 meses, o aumento do volume de serviços no estado mineiro foi de 3,4%, ficando acima da média nacional que foi de 2,9%.
Para o economista do C6 Bank Heliezer Jacob, um dos motivos que ajudam a explicar o resultado positivo desse período “é o crescimento de segmentos importantes do setor, como os serviços prestados às famílias e de comunicação”.
Ele ressalta que os últimos dados de indústria, comércio e serviços mostraram resiliência da atividade econômica no Brasil, o que corrobora a projeção do C6 Bank de que o PIB do País ficará positivo no terceiro trimestre. “Nossa projeção de crescimento para o PIB foi revisada de 0,6% para 0,7% no terceiro trimestre”.
Atividades turísticas se destacam, com alta de 8,9% no acumulado do ano
Quando analisadas as atividades específicas do turismo, Minas Gerais apresentou o maior crescimento do País no acumulado do ano, com alta de 8,9%. Segundo o IBGE, o Estado é seguido por Santa Catarina (7,8%e Pará (7,6%). Índice que contribuiu para que a expansão nacional registrasse 2% de janeiro a setembro.
Números que foram impulsionados, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de restaurantes; serviços de reservas relacionados a hospedagens; serviços de bufê; transporte aéreo de passageiros; espetáculos teatrais e musicais; agências de viagens; e hotéis, conforme a pesquisa.
Somente em setembro, o Estado também apresentou um dos maiores acréscimos do País, ao registrar alta de 6%, ante igual mês de 2023. Número que ficou acima da média nacional quando o índice de volume de atividades turísticas apresentou expansão de 2,2%, o quarto resultado positivo seguido.
Além de Minas Gerais, outros oito estados mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo com relação ao mesmo mês do ano anterior, com destaque para Rio de Janeiro (9,5%), seguido por Minas Gerais (6%), São Paulo (1,4%), Paraná (5,7%e Ceará (10,1%). Em contrapartida, Rio Grande do Sul (-15,8%e Mato Grosso (-20%exerceram os principais impactos negativos do mês.
Com relação ao mês de agosto, as atividades do turismo no Estado apresentaram uma queda de 0,1%, queda que é considerada dentro da estabilidade.
Diário do comercio