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Cinco anos sem Gugu: mãe e filho relatam sinais deixados antes de acidente fatal

Publicada em: 21/11/2024 05:57 - Notícias

 

Motorista do apresentador relatou também que, no dia em que Gugu embarcaria para os EUA, ele errou o caminho do aeroporto

Maria do Céu Liberato e João Augusto Liberato relataram que o último momento com Gugu pareceu uma despedida. O apresentador teve a morte confirmada em 21 de novembro de 2019 após sofrer uma queda de quase 4 metros. Ele estava em Orlando, nos Estados Unidos (EUA), quando decidiu fazer um reparo no ar-condicionado no dia 20 de novembro daquele ano e acabou sofrendo o acidente.

“Aquele dia [da viagem] ele ficou mais de três horas lá no meu quarto conversando comigo e ele não costumava ficar assim tanto tempo. Daí ele me beijou e, quando foi abrir a porta pra sair do meu quarto, eu o chamei e dei um beijo nele”, relata em lágrimas a mãe do apresentador ao documentário “Gugu, Simples Assim”, do Playplus.

Para Maria, a atitude de Gugu foi um sinal. “Parece que eu estava adivinhando viu e ele também. Era uma coisa, assim, que ele estava falando pra nós: ‘eu não vou voltar’”, declarou.

O motorista de Gugu, David Coimbra dos Santos, contou também que chegou a errar o caminho do aeroporto no dia em que ele embarcaria para Orlando. “Eu passei a saída para o aeroporto e aí falei: ‘Patrão, nossa, desculpa’. Aí ele olhou no relógio e falou: ‘Tá tranquilo, tá com tempo’. Daí fiz o retorno, chegamos ao aeroporto, dei tchau para ele e... acabou”, recorda bastante emocionado.

 

A mãe de Gugu relembra o dia do acidente. “Naquela noite estava muito calor [em Orlando] porque lá é muito quente. Ele perguntou para as crianças sobre o ar-condicionado e elas falaram que não estava funcionando. E, ao invés de chamar uma pessoa para consertar, ele subiu. Só que o teto aqui é cimento e lá é isopor”

Amândio Liberato, irmão de Gugu, conta como foi chegar ao hospital e ver o apresentador. “Estava desacordado, a gente não conseguia falar mais nada com ele, notei que ele estava com uma expressão muito serena. Não tinha mais nenhuma reação conosco.”

Maria também foi à unidade médica e viu o filho. “Ele estava lá no hospital, na cama, parecia que ele estava vivo, porque conservavam ele quentinho, não parecia que estava morto”, diz.

Filhos falam sobre último momento com Gugu

João recorda o último momento ao lado do pai. “A última conversa que tive com ele foi quando ele chegou na casa [em Orlando], sempre gostou de dar ‘oi’ para nós. Ele ia em todos os quartos e a gente se encontrou na sala”, inicia.

João se recorda de perguntar para o pai como foi de viagem e se iriam almoçar fora. “E ele falou: ‘Vamos decidir onde a gente vai’, e eu disse: ‘tá bom, vou tomar banho lá em cima”.

Sofia Liberato também fala sobre a última lembrança do pai. “Ele chegou lá... ele abraçou a gente e eu falei: ‘Pai, que bom que você chegou de viagem’.”

Marina Liberato, sua irmã gêmea, relembra o que falou para ele. “‘Ah pai, te amo. Saudades’”.

João, assim como a avó, também sentiu que o encontro pareceu uma despedida. “O último abraço foi potente. Ele deu um abraço forte. Lembro bastante. Foi um abraço longo”.

Despedida de Gugu

Gugu foi velado em 29 de novembro na Assembleia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera, Zona Sul da capital. “Não esperava que teria tantos fãs [...] Parecia cena de filme e foi um dia muito difícil”, diz João.

“Gratidão por todos os fãs que gritaram pedindo forças pra gente e pra minha mãe”, agradeceu Marina Liberato.

“De alguma forma trouxe um conforto pra gente saber que não era só a gente que estava sofrendo, mas o Brasil inteiro”, emenda João.

Rose Miriam, viúva do apresentador, admite que não conseguiu apoiar os filhos por estar “muito abalada” e sem dormir “há muitos dias” após a morte de Gugu. “Sinto por isso, foi bem difícil. Mas a gente se ajudou muito depois”, comenta.

Segundo ela, mesmo após cinco anos da morte de Gugu, os filhos “têm sofrido bastante.” “O João, principalmente, sente muita falta do pai. As meninas também, evidente que sim. Acho que por ser homem quer a presença do pai, né? A presença masculina”, encerra.

tatiaia

 

 

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