A recomendação mínima de exercícios é de 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana.
Se você anda meio desmotivado para ir à academia ou fazer exercícios ao ar livre, preste atenção neste estudo publicado no British Journal of Sports Medicine, na semana passada. Foram analisados dados de mortalidade de 36 mil americanos com mais de 40 anos de idade, com base em informações da Pesquisa Nacional de Saúde e Exame Nutricional de 2003 a 2006 do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do CDC. O foco do estudo foi o “quanto a atividade física reduziu ou aumentou a expectativa de vida dessas pessoas”.
O autor sênior do estudo, Dr. Lennert Veerman, professor de saúde pública na Escola de Medicina e Odontologia da Universidade Griffith na Austrália, disse que “ficou surpreso ao descobrir que a perda de anos de vida nos EUA devido a baixos níveis de atividade física pode rivalizar com as perdas devido ao tabagismo e à pressão alta”, disse
Estudo atual complementa outro que já havia sido feito em 2019
A pesquisa de Veerman é complementar à um outro estudo de 2019 que concluiu que o risco de morte prematura diminuía quanto mais atividade física os participantes faziam. Ao lado de outros semelhantes, esse estudo já havia mostrado que, quando medida com acelerometria, a relação entre atividade física e morte precoce é cerca de duas vezes mais forte em comparação com níveis medidos por pesquisas ou questionários.
Portanto, talvez esteja na hora de começar a se exercitar mais se você se encontra no grupo dos menos ativos: “As pessoas que atualmente estão inativas são as que mais podem ganhar”, afirmou Veerman à Fortune. Uma única hora adicional de caminhada pode dar a essas pessoas seis horas a mais de vida, acrescenta ele.
Embora esse grupo inativo apareça no estudo com 50 minutos de caminhada diária, esse número provavelmente vem dos movimentos cotidianos, o que significa que eles não fazem nenhuma atividade física de intensidade moderada ou vigorosa além das atividades básicas da vida diária, que são importantes para a saúde geral.
Você tem muito a perder por ser inativo, diz Veerman. Se as pessoas com 40 anos ou mais fossem tão inativas quanto os 25% menos ativos da população, haveria uma perda de 5,8 anos na expectativa de vida.
Qualquer movimento é bem-vindo e já faz diferença
Para os menos ativos, passar para o segundo grupo trouxe ganhos na expectativa de vida de 0,6 anos, enquanto passar para o terceiro grupo acrescentou 3,5 anos.
Quanto aos mais ativos, é provável que eles já tenham maximizado os ganhos de longevidade, diz Veerman.
As Diretrizes de Atividade Física para Americanos (DHHSenfatizam a importância do exercício para o bem-estar geral, não apenas para as vantagens da longevidade. Os exercícios comprovadamente ajudam as pessoas a dormir melhor, a realizar tarefas diárias com mais facilidade e a melhorar a função física e cognitiva, a saúde mental e os níveis de energia.
O DHHS enfatiza a importância de fazer exercícios de intensidade moderada e vigorosa diariamente. Isso pode ser difícil se você mora em lugares que dependem de carro e ainda não tem uma rotina de exercícios, ressalta Veerman. Mas cada esforço conta, diz ele.
Coloque mais movimento ao seu dia - ou o que Veerman chama de “atividade física incidental":
- Vá pelas escadas sempre que possível.
- Opte pelo transporte público, para que possa ir e voltar a pé das estações de ônibus ou metrô.
- Use uma mesa de trabalho móvel, para alternar entre ficar em pé e sentado.
- Caminhe até a geladeira, a impressora, o banheiro ou para tomar café no trabalho.
- “Tente encontrar as pequenas coisas que você possa fazer e que não exijam muito esforço”, diz Veerman. “Pequenas coisas podem fazer uma grande diferença ao longo dos anos”.
Itatiaia
As recomendações mínimas de exercícios são de 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana. Se você não chega nem perto dessa meta, pode estar perdendo ganhos substanciais em longevidade e saúde.