Na época das confraternizações de Natal e Ano Novo é importante entender os limites para evitar as consequências dos efeitos do álcool
Fim de ano chegou e com ele as confraternizações e festas com a família e amigos. Nesse período de Natal e Ano Novo as pessoas costumam a consumir mais álcool do que o habitual e, por isso, é importante discutir os riscos já que o consumo excessivo pode levar a uma série de problemas de saúde.
A Itatiaia conversou com um especialista para entender os riscos do excesso de álcool para a saúde.
‘O abuso de álcool pode se manifestar por meio de sintomas como perda de memória, dificuldade de concentração, alterações de comportamento, irritabilidade, vômitos e desorientação. É importante interromper o consumo ao perceber sinais de embriaguez evidente, como dificuldade para articular palavras ou manter o equilíbrio’, explica Felipe Mendes, médico neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Segundo o especialista, o limite seguro para o consumo de álcool varia individualmente, mas a Organização Mundial da Saúde (OMSrecomenda evitar mais de duas doses padrão por dia para homens e uma para mulheres, considerando pausas entre os dias de consumo.
Quais bebidas exigem mais cuidado?
O neurocirurgião afirma que as bebidas de alta concentração alcoólica, como destilados (vodka, whisky, cachaça, gin), exigem maior atenção, pois proporcionam doses elevadas de álcool em pequenos volumes, facilitando o consumo excessivo.
‘Drinks mistos, como coquetéis e batidas, também merecem cautela devido ao sabor adocicado que pode mascarar o teor alcoólico’, reforça.
Para amenizar e retardar os efeitos das bebidas, é recomendado ingerir alimentos especialmente ricos em proteínas e gorduras, antes e durante o consumo de álcool.
Vale ressaltar que isso não elimina os riscos de intoxicação, devendo o consumo ser moderado.
Riscos do abuso de álcool
O abuso de álcool aumenta o risco de acidentes, quedas, intoxicação grave, arritmias cardíacas e desidratação. A longo prazo, pode levar a lesões hepáticas, doenças cardiovasculares, demência e dependência química.Segundo o médico os cuidados devem ser ainda maior com os adolescentes e jovens, já que o sistema nervoso ainda está em desenvolvimento. Os idosos também devem ter mais atenção porque a metabolização do álcool é mais lenta, o que intensifica os efeitos.
Quais são as consequências do abuso do álcool para a saúde do cérebro?
O abuso crônico de álcool pode levar à atrofia cerebral, alterações cognitivas, dificuldade de memória, transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade, além de aumentar o risco de demência e de condições como a síndrome de Wernicke-Korsakoff, consequência da deficiência de tiamina (vitamina B1).
Dicas para aproveitar as festas sem exageros:
- Intercale a bebida com água para evitar desidratação;
- Consuma alimentos antes e durante a ingestão alcoólica;
- Evite combinações com medicamentos ou substâncias que potencializem os efeitos do álcool;
- Estabeleça limites claros.
‘Para jovens e idosos, evitar ou minimizar o consumo é uma medida prudente. Por fim, priorizar a educação sobre os efeitos do álcool contribui para escolhas mais conscientes’, afirma Mendes.
Itatiaia