Em dezembro, a alta nos preços do tomate e da melancia pesou nos gastos com alimentação dos consumidores de Minas Gerais. Por outro lado, as quedas nos valores da batata e da laranja aliviaram os gastos. Os dados são do Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (23pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas– Belo Horizonte, entre as hortaliças, a maior alta em dezembro foi verificada na cotação do tomate, com elevação de 45,37% frente a novembro. Assim, o quilo foi vendido, em média, a R$ 2,58.
Conforme o relatório da Conab, a oferta abundante do tomate, no segundo semestre de 2024, provocou o comportamento de retração dos preços, resultado principalmente de ganhos de produtividade. Dessa forma, o produtor acumulou acumulou prejuízos ao longo dos últimos meses, pressionado assim para a alta nos preços.
Em dezembro, também houve aumento no preço da cebola (6,36%), da cenoura (5,66%e do alface (5,49%).
Batata em queda
A única hortaliça que registrou queda em dezembro foi a batata, com retração de -27,71%, com valor médio de R$ 2,27. A redução do preço foi causada pela alta oferta do produto.
Frutas
Enquanto a maior parte das hortaliças ficou mais cara, no caso das frutas, a demanda estagnada, em função do clima mais ameno e da concorrência entre as opções de mercado, fez com houvesse queda na maior parte das cotações. Conforme a Conab, a maior redução ocorreu no preço da laranja (-13,77%), com o quilo negociado a R$ 4,19 em média.
A queda dos preços da laranja em dezembro foi resultado do aumento da oferta dos cinturões agrícolas e melhora na qualidade das frutas. As chuvas iniciadas em outubro ajudaram a produzir laranjas em maior quantidade e qualidade.
Além da laranja, duas frutas também registraram retração nos preços:
- Mamão: -6,79% com preço médio de R$ 3,56
- Maça: -5,64% com preço médio de R$ 8,19
Melancia em alta
A fruta que registrou maior crescimento no preço foi a melancia, com alta de 20% e valor médio de venda em R$ 2,13. O acréscimo foi causado pelo aumento da demanda, reflexo da dinâmica de mercado dos entrepostos paulista e mineiro. Outra fruta que registrou alta foi a banana, com crescimento de de 10,31%, com o preço médio de R$ 3,77 o quilo. .
Diario do comercio