Claudia Raia fez relato à canal português e falas viralizaram no Brasil
Claudia Raia, de 58 anos, dividiu opiniões nas redes sociais ao revelar ter presenteado Sophia, sua filha com Edson Celulari, com um vibrador quando a menina tinha 12 anos.
O relato ocorreu em entrevista à uma emissora de televisão portuguesa. A ex-atriz da Globo está no país em turnê com a peça “Menopausa”.
Durante o bate-papo, ela comenta: “Tenho 17 vibradores em casa e quando a Sophia fez 12 anos, eu dei um vibrador para ela e disse: ‘Vá se investigar, vai saber do que você gosta’”.
A atriz completa dizendo que o uso do brinquedo sexual é “prescrição médica” e não uma “invenção”.
Ao ser questionada sobre a quantidade de vibradores que possui, ela responde: “Eu escolho o vibrador que eu quiser dependendo do meu mood [humor].”
Até o momento, Claudia não se manifestou sobre a fala, que virou alvo de denúncias nas redes sociais. Já Sophia, que completou 22 anos no último dia 15, mantém perfil trancado e também não comentou sobre o assunto.
Além da jovem, a atriz é mãe de Enzo Celulari, de 27 anos, também fruto da relação com Edson Celulari, e Luca, de quase 2, do relacionamento atual com Jarbas Homem de Mello.
Vibrador aos 12 anos é prejudicial? Especialistas debatem presente de Claudia Raia para a filha
A atriz Claudia Raia, de 58 anos, causou polêmica na internet após revelar que deu um vibrador para sua filha Sophia, quando a menina tinha 12 anos.
A revelação dividiu opiniões nas redes sociais. Afinal, dar um vibrador para uma adolescente de 12 anos é prejudicial?
Antes de tirar a dúvida é preciso entender o que é o vibrador e qual a relação com a saúde sexual feminina.
A educadora sexual e sexóloga Sarita Milaneze afirma que muitos ginecologistas prescrevem o uso de vibrador como um aparelho que pode auxiliar na saúde sexual da mulher - além da função erótica.
‘O vibrador foi criado para ajudar o bem-estar da vagina da mulher para fins medicinais. Na época ele era vendido até em farmácias. Depois de um tempo se tornou algo erótico’, explica a especialista em sexualidade à Itatiaia.
Segundo Sarita, o vibrador ajuda mulheres que estão com atrofia vaginal ou secura vaginal — sintomas sentidos na menopausa — além de melhorar o prazer e autoconhecimento da mulher, o que muitas vezes é visto como um tabu.
‘No Brasil a gente quase não tem educação sexual, e por isso muitos pensam que educação sexual é ensinar sexo. Mas, na verdade é ensinar a prevenção, o cuidado, o consentimento’, pontua a educadora.
Além disso, a Sarita afirma que a educação sexual pode retardar o começo da vida sexual. ‘Isso porque os adolescentes têm curiosidade de algo que é visto como proibido e não têm conhecimento, e por isso acabam tendo relações precoces por curiosidade’.
Com a educação sexual, os jovens podem se prevenir e refletir sobre o início da vida sexual.
‘A gente precisa ter essa liberdade para ensinar algo que é natural como o sexo’, ressalta.
Vibrador aos 12 anos é prejudicial?
Já o uso do equipamento por pré-adolescentes, como o caso relatado por Claudia Raia, não é recomendado, diz a sexóloga.
‘Uma pré-adolescente de 12 anos não tem maturidade física e mental para isso. O corpo e cabeça não estão preparados para o tipo de estímulo que o vibrador é capaz’, afirma Sarita.
Além disso, a especialista afirma que uma adolescente sem experiência sexual pode não entender este estímulo e não sentir o prazer ideal quando tiver uma relação.
‘Jamais indicaria vibrador antes dos 15 anos, porque precisa de uma maturidade física e mental para o uso’, ressalta.
Para a fisioterapeuta pélvica, Giulia Palma, não existe restrição de faixa etária para o uso de vibrador.
‘Depende do caso, tem que ser avaliado cada um. Não acha que seja errado, depende do contexto, se a jovem já despertou interesse ou curiosidade’, afirmou em entrevista à Itatiaia.
Vibrador auxilia no fortalecimento do assoalho pélvico?
Claudia Raia também disse, na mesma entrevista a uma emissora de televisão portuguesa, que o uso de vibrador auxiliar no fortalecimento do assoalho pélvico para mulheres na menopausa. Mas será que é verdade?
Segundo a fisioterapeuta, o vibrador realmente tem um papel importante para fortalecer o assoalho pélvico - rede de músculos e ligamentos que formam uma espécie de pavimento na pelve óssea. Mas é necessário um treinamento específico com a fisioterapia pélvica.
‘Em conjunto, ele [um vibrador] pode ajudar na irrigação sanguínea do assoalho pélvico, melhorando a quantidade de sangue. Isso faz melhorar a sensibilidade, a tensão, e ajuda o músculo a se fortalecer’, afirma a especialista.
Mitos sobre o uso de vibrador
Com a falta de conhecimento sobre o papel do aparelho, muitas pessoas acreditam em mitos que já ouviram em algum lugar. As especialistas que conversaram com a reportagem desmentiram alguns deles que muitas vezes chegam aos consultórios.
Confira alguns mitos sobre o vibrador:
- Só usa vibrador quem não tem parceiro ou parceira sexual? É mito!
‘A mulher pode ter o prazer sozinha e ter prazer a dois, um não interfere no outro. Aliás, pode até ajudar, para deixar a parceira mais segura. Também é possível usar o vibrador durante a relação a dois’, afirma a sexóloga Sarita Milaneze. - Usar vibrador faz ter menos prazer na relação a dois? É mito!
‘O uso de vibrador não faz com que a mulher tenha menos prazer ou sinta menos estímulo durante a relação. Ele pode ajudar a conhecer o corpo e trazer mais prazer na relação’, explica Milaneze. - Tenho medo de usar vibrador por que vicia? É mito!
‘Usar vibrador não faz com que você só tenha orgasmo com ele! O que pode acontecer é demorar mais na relação a dois’, explica a fisioterapeuta pélvica Giulia Palma.
Itatiaia