Phelipe Ferreira e Luckas Santos aceitaram promessas falsas de emprego e acabaram vítimas de uma máfia de golpes cibernéticos no Sudeste Asiático

Os brasileiros mantidos reféns por três meses em Mianmar, no Sudeste Asiático, embarcaram para o Brasil nesta terça-feira (18). Phelipe de Moura Ferreira e Luckas Viana dos Santos devem desembarcar no aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde de quarta-feira (19).

Nas redes sociais, Phelipe publicou um vídeo em que os dois paulistanos aparecem dentro do avião. “A gente vai fazer uma parada na Etiópia, onde vamos ficar por quatro horas. Depois a gente embarca para o Brasil. Agora, só voar”, afirma.

Lucas também usou o Instagram para celebrar a volta ao seu país de origem. Em uma publicação mostrando o passaporte e o interior do avião, ele escreveu: “vejo vocês logo”.

Rotina de golpes e tortura

Phelipe de Moura Ferreira e Luckas Viana dos Santos trabalhavam para uma máfia de golpes cibernéticos, onde eram obrigados a aplicar golpes em outros brasileiros. O script previa que eles tinham que se passar por uma modelo chinesa que pedia ajuda financeira. Se negassem a fazer, ambos sofriam punições que incluíam até eletrochoques.

Ambos foram para a Tailândia atraídos por supostas vagas de emprego, no final do ano passado. Quando chegaram lá, perderam o contato com parentes e foram mantidos reféns na “fábrica de golpes”. Na semana passada, eles foram resgatados com a ajuda de uma ONG internacional.

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