Atualmente, Netinho não é investigado pelo Ministério Público, mas foi citado na denúncia

O cantor e ex-vereador Netinho de Paula foi citado em uma denúncia do Ministério Público de São Paulo. De acordo com o documento, Netinho fazia empréstimos com Ademir Pereira de Andrade, agiota do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A investigação, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mostra que Ademir atuava como operador financeiro da facção criminosa. O homem era chamado de “Banco da gente”, pelo cantor de pagode.

Atualmente, Netinho não é investigado pelo Ministério Público, mas foi citado na denúncia. Em diálogos obtidos pelo MP entre Ademir e Netinho, o artista cita o pagamento de um empréstimo de R$ 500 mil e outro de R$ 2 milhões.

“As questões dos juros, eu vou pagando para você o que for dando aí, pode ficar tranquilo, tá bom?”, escreveu Netinho ao agiota em 2023.

Doze pessoas, incluindo oito policiais civis e Ademir, foram denunciados por envolvimento com facção, lavagem de dinheiro, tráfico, corrupção e outros crimes. A investigação tem relação com Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no ano passado.

Netinho se pronunciou para o portal Leo Dias. Ele afirmou que conhece Ademir há oito anos e que o denunciado é seu fã. Ele afirmou também que já foi contratado para fazer show para Ademir, que mantinha “relações de operação financeira” e já fez empréstimos com ele. Por fim, o cantor relatou que ficou surpreso ao descobrir a relação de Ademir com a facção criminosa.

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