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Alta dos preços faz consumidor apertar gastos, buscar alternativas e ajustar compras

Publicada em: 27/02/2025 06:45 - Notícias

Consumidores já enfrentam cortes e/ou trocas de itens na alimentação, recálculo no custo de vida e repriorização de onde alocar cada recurso

 

A renda do brasileiro não tem contribuído para que o consumidor consiga acompanhar as constantes altas de preços em todos os setores de consumo, principalmente nos produtos da cesta básica como café, leite, óleo, além de frutas, verduras e demais itens de grande procura. O cenário tem levado os consumidores a fazerem uma verdadeira ginástica no orçamento, impactado significativamente o dia a dia.

 

Trata-se mais do que uma adaptação de orçamento, com os consumidores já enfrentando cortes e/ou trocas de itens na alimentação, recálculo no custo de vida e realocação de recursos todos os meses. De acordo com pesquisa realizada pelo Reclame Aqui, a perspectiva não é nada positiva. Conforme 83,78% dos entrevistados, a alta de preços deve permanecer nos próximos meses.

De modo geral, a percepção dos consumidores consultados é de que alta de preços já pode ser observada em todas as esferas, independentemente do tipo de produto. No entanto, alguns itens puxam a lista de maiores altas constatadas:

  • Café (83,46%)
  • Carnes (82,02%)
  • Óleos e azeites (67,52%)
  • Hortifruti (frutas, legumes e verduras(55,86%)
  • Grãos (arroz, feijão, etc.(51,18%)
  • Laticínios (leite, queijo, iogurtes(49,52%)
  • Ovos (34,47%)

A consulta aos consumidores no site Reclame Aqui aconteceu nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2025 e contou com a participação de mais de 4 mil entrevistados e mostra ainda que o principal impacto da alta dos preços no orçamento mensal fez com que o consumidor tomasse algumas atitudes:

  • freio definitivo no consumo de alguns alimentos (28.32%),
  • diminuição da compra de muitos itens (27.35%)
  • e a tradicional troca de marcas por opções mais baratas (22.02%).

Saiba do que os consumidores estão abrindo mão para controlar o orçamento

 
  • Corte de momentos de lazer
  • Redução de idas ao supermercado, escolhendo também os dias
  • Redirecionamento de valores que seriam gastos em outras categorias de consumo para complementar na alimentação; por exemplo, os cuidados com a saúde.

Atitudes como as listadas acima mostram o quanto o poder de compra dos brasileiros começa o ano enfraquecido e, ainda, o quanto essa alta pode impactar em outros setores como varejo, serviços, lazer e entretenimento, por exemplo.

Além disso, o comportamento pode levar à inadimplência, já que pode gerar dificuldade do planejamento financeiro pessoal e familiar, deixando outras contas de lado.

O estudo mostra também que 58,72% dos que responderam têm feito reorganização financeira, para poder se alimentar com qualidade e atender às necessidades, além de reduzir o consumo de certos alimentos.

Já 53,86% dos consumidores ouvidos têm feito mais pesquisas de preços e compras em diferentes estabelecimentos, enquanto 44,63% fazem comparações de marcas para encontrar opções mais em conta.

Confira algumas dicas do Reclame Aqui para tentar amenizar a alta dos preços

  • Pesquise preços: compare os valores dos produtos em diferentes estabelecimentos, isso ajuda a encontrar variedade e a economizar.
  • Planeje suas refeições: mapear o preparo e consumo dos alimentos pode ajudar a evitar desperdícios e ser mais objetivo na hora da compra.
  • Priorize seus gastos e planeje o orçamento: ter os gastos mapeados e uma visão macro do que sobra de dinheiro pode ajudar a evitar compras por impulso, desperdícios e gastos excessivos.
  • Busque alternativas: ,apeie produtos e serviços mais acessíveis ao que você costuma, é uma boa forma de economizar.

Veja algumas perguntas feitas aos consumidores sobre a alta dos preços

  1. Qual o principal impacto da alta dos preços no seu orçamento mensal?
  • Definitivamente parando de consumir alguns itens – 28.32%
  • Diminuição da compra de alimentos – 27.35%
  • Troca de marcas por opções mais baratas – 22.02%
  • Substituição de alguns alimentos por outros – 18.03%
  • Outros (campo aberto– 4.29%.

2. Em quais categorias de alimentos você mais sentiu o aumento dos preços? (pergunta de múltipla escolha)

  • Café – 83.46%
  • Carnes – 82.02%
  • Óleos e azeites – 67.52%
  • Hortifruti (frutas, legumes e verduras– 55.86%
  • Grãos (arroz, feijão, etc.– 51.18%
  • Laticínios (leite, queijo, iogurtes…– 49.52%
  • Ovos – 34.47%
  • Outros (campo aberto– 9.77%

3. O que você tem feito para lidar com a alta dos preços dos alimentos? (pergunta de múltipla escolha)

  • Reduzido o consumo de certos alimentos – 58.72%
  • Pesquisado preços e comprando em diferentes estabelecimentos – 53.86%
  • Comparado marcas para encontrar opções mais em conta – 44.63%
  • Começado a plantar alguns alimentos em casa – 4.91%
  • Fazendo compras coletivas para baratear o custo – 6.35%
  • Buscado alternativas de renda – 17.38%
  • Outros (campo aberto– 3.32%

4. Você acha que os preços dos alimentos vão continuar subindo?

  • Sim – 83.78%
  • Não – 4.36%
  • Não sei – 11.85%

Diário do comercio

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