Os dados são do Relatório de Identidade e Fraude 2025, da Serasa Experian

Mais da metade dos brasileiros foram vítimas de fraudes em 2024. O dado é do “Relatório de Identidade e Fraude 2025", da Serasa Experian, que levantou também o valor do prejuízo financeiro com os golpes.

Segundo o estudo, 20% das pessoas que sofreram algum tipo de fraude perderam entre R$ 1 mil R$ 5 mil. Além disso, segundo a pesquisa, mais da metade das vítimas tiveram perdas financeiras consideráveis, ou seja, acima de R$ 100.

Entre as principais vítimas dos fraudadores estão pessoas acima de 50 anos. De acordo com a pesquisa, 57,8% desse público relata ter sido vítima de algum tipo de golpe em 2024.

Segundo a Serasa Experian, para realização da pesquisa foram entrevistadas 877 pessoas entre 18 e 65 anos, nas cinco regiões do país. A margem de erro é de 3,4% para mais ou para menos.

O uso de tecnologia nos golpes

Os autores das fraudes usam ferramentas como o deepfakes, ou seja, uso de tecnologias de inteligência artificial que permitem a sobreposição de rostos e vozes em vídeos. A tecnologia ajuda esses fraudadores a se passarem por outros para, por exemplo, invadir contas.

Outra ferramenta muito utilizada pelos golpistas são as Inteligências Artificiais generativas. A tecnologia é usada para criar fraudes cada vez mais sofisticadas. Os fraudadores também contam com pacotes de fraudes que são comercializados por criminosos na dark web, o que ajuda o acesso ao crime digital por meio do modelo conhecido em tradução livre por “fraude como um serviço” ou, em inglês, por Fraude as a Service.

Outra utilidade para a IA generativa nesses golpes é a criação de perfis falsos realistas, que burlam verificações de identidade com dados sintéticos. A ferramenta também auxilia em golpes conhecidos como phishing, que usam envio de e-mails ou mensagens por redes sociais que imitam comunicações legítimas com links falsos.

Cartão de crédito é o tipo de fraude mais recorrente

Com 47,9% de recorrência, o uso indevido de cartões de crédito é o tipo de fraude mais recorrente. A fraude também lidera o maior aumento percentual em comparação a 2023, com 9 pontos percentuais. Em seguida, o pagamento de boletos falsos ou transações fraudulentas via Pix aparece 32,8% de recorrência. Sendo que o phishing aparece em seguida com 21,6%.

Segundo o Serasa Experian, o uso de deepfakes para golpes apresentou uma queda significativa de 2023 para 2024. A recorrência do golpe passou de 9% para 3,8%. Apesar da maior recorrência em fraudes, o cartão de crédito continua sendo o método de pagamento mais utilizado, com 84%, e como o que transmite mais segurança, com 60%.

Já o Pix apresentou uma queda de 9 pontos percentuais tanto no uso, quanto na percepção de segurança. A ferramenta passou de 32% para 22%. Apesar da queda, o uso continua superior ao cartão de débito e ao boleto bancário.

Itatiaia