O nome de Leo Lins repercutiu nesta terça-feira (3após ele ser condenado a oito anos e três meses de prisão pela 3ª Vara Criminal de São Paulo por proferir falas preconceituosas em um vídeo. Nas redes sociais, outros humoristas saíram em defesa do comediante.

De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), inicialmente, Leo terá que cumprir pena em regime fechado. Além disso, ele terá que pagar uma multa de 1.170 salários mínimo e uma indenização por R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. O ex-SBT ainda pode recorrer à decisão.

Após o assunto vir à tona, Antonio Tabet, Maurício Meirelles, Fabio Rabin, Oscar Filho, além de fãs e internautas saíram em defesa do humorista. Alguns chegaram a comparar Lins com MC Poze do Rodo, que teve o mandato de prisão revogado após acusações de envolvimento com o Comando Vermelho (CVe apologia ao tráfico.

Tabet

“Isso aqui é um absurdo. Pode-se não achar a menor graça ou até detestar as piadas de Leo Lins, mas condená-lo à prisão por elas é uma insanidade e um desserviço. Espero que essa decisão completamente descabida seja revertida”, escreveu Tabet.

Meirelles

“Estão prendendo comediantes por contar piada. E tem comediante apoiando”, debochou Meirelles.

Rabin

“Prender comediante por causa de piada é um bagulho um pouco absurdo. Tem muita coisa pra resolver aqui no ‘Brazuca’”, pontuou Rabin.

Oscar Filho

“Leo Lins, faz uma coisa! Transforma suas piadas em Funk! Quem sabe você se safa como o MC Poze?”, sugeriu Filho.

Condenação

Conforme o MPF, o humorista foi processado após publicar um vídeo de um show em 2022, no qual ele fazia uma série de declarações contra negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência. O vídeo chegou a ter mais de 3 milhões de visualizações em 2023 - quando foi derrubado do YouTube.

A Justiça entendeu que a repercussão do caso foi um aspecto agravante que levou ao aumento da pena de Leo Lins. Outro ponto que piorou a situação do humorista foi que piadas foram feitas em um contexto de descontração, diversão e recreação.

A decisão justificou que a apresentação de Leo Lins estimulou a propagação de violência verbal na sociedade e fomentam a intolerância. “O exercício da liberdade de expressão não é absoluto nem ilimitado, devendo se dar em um campo de tolerância e expondo-se às restrições que emergem da própria lei”, ressaltou o texto.

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