Animal teve as quatro patas decepadas durante cavalgada no interior de São Paulo; polícia investiga tutor de 21 anos, liberado após depoimento
A morte de um cavalo em Bananal, no interior de São Paulo, causou comoção em todo o país. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o equino branco morto com as quatro patas mutiladas. A suspeita é que o dono do animal fez a agressão com um facão durante uma cavalgada no último sábado (16/8).
Ele não resistiu aos ferimentos e morreu, gerando revolta entre internautas, ativistas e celebridades. A Polícia Civil investiga o caso.
Segundo a corporação, o tutor do cavalo, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, foi ouvido na segunda-feira (18/8). Ele alegou que acreditava que o animal já estava morto no momento em que o golpeou com o facão, versão que é investigada.
Uma testemunha também prestou depoimento, afirmando que acompanhava a cavalgada quando o cavalo branco se deitou, aparentemente cansado. Ainda segundo o relato, antes de mutilar o animal, o tutor disse a ele: “Se você tem coração, melhor não olhar”.
A testemunha relatou ter deixado o local após o primeiro golpe, sentindo-se mal com a cena. O boletim de ocorrência registrou a prática de maus-tratos com agravante pela morte do animal. Até o momento, não houve prisões.
Como ocorreu o crime?
O crime ocorreu durante uma cavalgada no Sertão do Hortelã, área rural de Bananal próxima à divisa com o estado do Rio de Janeiro. O evento não contava com fiscalização veterinária, fator que levantou críticas de ativistas e moradores. Segundo relatos, o cavalo apresentou sinais claros de exaustão antes de colapsar, o que sugere negligência por parte do tutor.
ONGs e grupos de defesa animal apontam que a ausência de regulamentação e supervisão em eventos rurais facilita situações de maus-tratos, já que não há exigência de acompanhamento veterinário ou regras específicas sobre o bem-estar dos animais utilizados.
O episódio ganhou repercussão nacional, levantando debates sobre maus-tratos a animais e a fragilidade das leis brasileiras em casos que envolvem equinos. Nas redes sociais, a hashtag #JustiçaPeloCavalo tornou-se um dos assuntos mais comentados, impulsionada por manifestações de artistas e ativistas que pedem punição exemplar.
Celebridades pedem Justiça
A indignação cresceu depois que figuras públicas com milhões de seguidores começaram a denunciar o caso. A cantora Ana Castela, apaixonada por cavalos e dona de um deles, compartilhou um vídeo pedindo apoio popular para que o crime não fosse esquecido. Em sua publicação, classificou o ato como uma covardia e exigiu investigação imediata. Seu posicionamento mobilizou milhares de internautas.
A ativista Luísa Mell também usou suas redes para pedir justiça. Com 4,1 milhões de seguidores, ela chamou o autor do crime de "monstro" e reforçou a necessidade de pressão popular para que a punição aconteça. O post foi replicado por Paolla Oliveira, que soma mais de 38 milhões de seguidores no Instagram.
O cantor Eduardo Costa questionou a atitude do tutor. Outros nomes, como Gustavo Tubarão e o ex-BBB Mateus Amaral também publicaram vídeos exigindo justiça.
Movimentos de proteção animal têm organizado protestos virtuais e presenciais para exigir maior rigor na investigação e mudanças legislativas. Grupos planejam atos públicos em Bananal e cidades vizinhas para chamar atenção para a impunidade em casos de maus-tratos contra equinos.
Nas redes sociais, uma mulher que diz ser mãe do Andrey defendeu a atitude do suspeito. Segundo ela, o cavalo passou mal em uma subida, deixando o jovem em pânico. Depois da morte do equino, que era o favorito dele, o homem chegou a desmaiar. E que, depois, ele mutilou o animal para facilitar a remoção do corpo do local.
Após a circulação das imagens nas redes sociais, a Prefeitura de Bananal emitiu uma nota oficial repudiando o crime e informando que acionou a Polícia Civil e a Polícia Ambiental assim que teve conhecimento do caso.
Movimentos de proteção animal têm organizado protestos virtuais e presenciais para exigir maior rigor na investigação e mudanças legislativas. Grupos planejam atos públicos em Bananal e cidades vizinhas para chamar atenção para a impunidade em casos de maus-tratos contra equinos.
Nas redes sociais, uma mulher que diz ser mãe do Andrey defendeu a atitude do suspeito. Segundo ela, o cavalo passou mal em uma subida, deixando o jovem em pânico. Depois da morte do equino, que era o favorito dele, o homem chegou a desmaiar. E que, depois, ele mutilou o animal para facilitar a remoção do corpo do local.
Após a circulação das imagens nas redes sociais, a Prefeitura de Bananal emitiu uma nota oficial repudiando o crime e informando que acionou a Polícia Civil e a Polícia Ambiental assim que teve conhecimento do caso.
“A Prefeitura de Bananal tomou conhecimento das imagens que circulam nas redes sociais envolvendo um cavalo vítima de maus-tratos. Ressaltamos que a prática de violência contra animais é crime e não será tolerada em nosso município. Assim que fomos informados, encaminhamos o caso imediatamente à Delegacia de Polícia e Polícia Ambiental para apuração dos fatos, identificação e punição dos responsáveis. A Prefeitura repudia qualquer ato de crueldade contra os animais e reforça seu compromisso em zelar pelo bem-estar de todos, trabalhando em conjunto com os órgãos competentes para que casos como este não fiquem impune”, informou em nota.
O que diz a lei brasileira sobre maus-tratos a animais?
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Os casos são enquadrados na Lei nº 9.605/1998, que prevê detenção de três meses a um ano, além de multa. Em casos que resultam na morte do animal, a pena pode ser agravada.
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Já a Lei Sansão (Lei nº 14.064/2020) prevê reclusão de até cinco anos na morte de animais devido a maus-tratos.
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No entanto, a legislação se aplica apenas a cães e gatos, não abrangendo cavalos e outros animais de grande porte.
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Atualmente, a pena máxima para maus-tratos a cavalos continua sendo de até um ano, o que muitos consideram desproporcional diante da gravidade dos crimes que envolvem sofrimento animal.
Estado de minas