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Psicólogo explica por que nos apaixonamos pela pessoa errada

Publicada em: 09/09/2025 06:18 -

Entenda a química esquemática que nos faz repetir padrões em relacionamentos e saiba como a infância pode influenciar conexões afetivas atuais

 

“São as escolhas que nós fazemos que vão acionar as nossas dores emocionais”, afirma o psicólogo, terapeuta de relacionamentos e professor Bruno Cardoso, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), convidado do podcast “Não é invenção” para falar sobre a química do corpo apaixonado e os aspectos psicológicos que moldam nossas relações.

 

Ao lado das jornalistas Larissa Kümpel, Layane Costa e Mannu Meg, do Estado de Minas e Portal Uai, Bruno explicou como nosso passado impacta o presente de nossos romances.

É comum associarmos a paixão a reações físicas, como o frio na barriga, borboletas no estômago ou coração acelerado. No entanto, Bruno ressalta que, embora essas respostas fisiológicas sejam reais, a química dos relacionamentos vai além, tomando uma área da psicologia que estuda a chamada química esquemática.

 

O que é química esquemática?

A química esquemática é um conceito central para entender por que repetimos certos padrões amorosos, mesmo quando são dolorosos. Ela se refere às escolhas de parceiros que inconscientemente acionam nossos padrões emocionais e de pensamento desenvolvidos a partir de experiências passadas, muitas vezes na infância. 

 

Quais são as necessidades básicas do ser humano?

Segundo Bruno Cardoso, os estudos de Jeffrey Young, psicólogo estadunidense conhecido por criar a terapia dos esquemas, todo ser humano tem cinco necessidades emocionais básicas, que devem ser respeitadas para garantir a saúde psíquica do indivíduo. Quando não atendidas na infância, geram os esquemas de sofrimento.

  • Vínculos seguros: necessidade de se sentir seguro e conectado com as pessoas.

  • Espontaneidade e lazer: liberdade para ter momentos de descanso, relaxamento e diversão.

  • Validação emocional: certeza de que suas emoções são válidas e compreendidas, e não minimizadas.

  • Autonomia e competência: capacidade de se sentir competente e capaz de se desenvolver de forma autônoma.

  • Limites realistas: necessidade de estabelecer e receber limites saudáveis nas relações.

Em um recado final, o professor reforça: “Você merece ser amado. As suas necessidades são totalmente válidas. Aquilo que você precisa emocionalmente é muito importante. Então, se você percebe que alguém não está te trazendo isso, você tem o direito de dizer não, você tem o direito de ser feliz”, afirma.

Conheça o “Não é invenção”

O “Não é invenção” é um podcast do Estado de Minas e Portal Uai para o público jovem que busca um ombro para chorar, um conselho profissional para tentar superar aquele fora, um espaço para se abrir sobre sua intimidade emocional e física ou uma companhia para falar abertamente sobre pressões externas, como expectativas familiares e sociais.

Onde encontro os episódios anteriores?

Para acompanhar os episódios do “Não é invenção”, acesse as plataformas de áudio ou o canal do Portal Uai no YouTube. E se você quer mandar a sua pergunta ou compartilhar uma história, entre em contato pelo e-mail naoeinvencao@gmail.com. Suas informações, claro, serão totalmente sigilosas e nós não vamos divulgar nomes.

 

estado de minas

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