Buzeira foi preso pela Polícia Federal em operação contra lavagem de dinheiro ligada ao tráfico internacional, que envolve bets
O influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (14) durante a Operação Narco Bet, que investiga um esquema milionário de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas.
A ação é um desdobramento da Operação Narco Vela, responsável por apurar o envio de grandes carregamentos de cocaína para a Europa por meio de rotas marítimas partindo do litoral brasileiro.
Segundo a PF, o grupo criminoso utilizava criptomoedas, remessas internacionais e empresas de fachada para ocultar a origem dos lucros do tráfico. Parte dos valores teria sido movimentada em empresas do setor de apostas eletrônicas, conhecidas como bets, com o objetivo de dar aparência legal ao dinheiro ilícito.
Antes da prisão, Buzeira já havia ganhado destaque nas redes sociais por um presente luxuoso dado ao jogador Neymar Jr.
Durante o cruzeiro "Ney em Alto Mar", em dezembro de 2023, o influenciador presenteou o atleta com um colar avaliado em R$ 2 milhões. À época, Buzeira publicou registros do momento nas redes sociais e se referiu a Neymar como "minha maior referência", destacando o gesto como uma homenagem pessoal.
Como funcionava o esquema investigado
De acordo com as investigações, o grupo agia de forma estruturada e transnacional, utilizando diversas camadas de transações financeiras para dificultar o rastreamento dos recursos ilícitos.
Os suspeitos poderão responder por lavagem de dinheiro e associação criminosa, com aumento de pena previsto pela atuação além das fronteiras nacionais.
A operação também contou com cooperação internacional da Polícia Criminal Federal da Alemanha (Bundeskriminalamt – BKA), que cumpriu uma das ordens de prisão em território alemão contra um dos principais integrantes do esquema.
Casas de apostas sob apuração
A Polícia Federal ainda não divulgou o nome das plataformas de apostas investigadas, mas apura se parte das empresas envolvidas atua legalmente no Brasil com licenças obtidas no exterior.
As investigações seguem em andamento para identificar a extensão do esquema financeiro e os possíveis vínculos entre os investigados e operadores internacionais.
Estado de minas