Impulsionado pela venda de suplementos e produtos de conveniência, Estado está as três maiores forças da economia farmacêutica no Brasil
Em ascensão dada a essencialidade do setor, o varejo farmacêutico projeta resultados otimistas, impulsionados pela demanda de suplementos e ampliação no mix de serviços. Entre agosto de 2023 e julho deste ano, a categoria movimentou R$ 13,42 bilhões em Minas Gerais – um avanço de 11,2% na comparação com período anterior.
Os dados são os mais recentes levantados pelo IQVIA Brasil, líder global no uso de informação para área da saúde. No mesmo período, foram comercializados em terras mineiras uma média de 975,8 milhões de itens que envolvem medicamentos, vitaminas, cosméticos e produtos de conveniência, 5,88% a mais do que entre 2022 e 2023.
A venda de produtos “não-medicamentos” é uma das tendências citadas pelo presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), Edison Tamascia. Segundo ele, Minas Gerais foi pioneiro ao mesclar serviços de conveniência com a venda de medicamentos e o modelo segue ampliando em diferentes regiões do Brasil.
Tamascia acrescenta que, para além da ampliação da conveniência, o desenvolvimento e fornecimento de marcas próprias no Estado é uma oportunidade para o varejo farmacêutico se diferenciar com produtos exclusivos e de qualidade. Com relação à tecnologia, ele argumenta que o consumidor, cada vez mais digital, tende a influenciar ainda a necessidade de avanços na digitalização dos negócios.
Além da inovação, o Minas Gerais também é citado entre as três maiores forças da economia do varejo farmacêutico no Brasil, atrás de São Paulo e junto ao Rio de Janeiro. “Observamos que o potencial de desenvolvimento do empreendedorismo independente no Estado é maior, além de ser referência na indústria com parques fabris importantes migrando para a região”, avalia Tamascia.
‘Programa Farmácia Popular’ é considerado defasado
Ao analisar os atuais desafios, o segmento vive um momento de estabilidade, já que o mercado tende a ser menos volátil do que outros setores. A entidade, no entanto, pondera que o desenrolar da reforma tributária poderá afetar a categoria, mas salienta que ainda aguarda decisões do congresso.
Já em relação ao Programa Farmácia Popular, Tamascia avalia que é necessário revisar a proposta, cuja a base é a mesma há dez anos. O programa, segundo o Ministério da Saúde, atualmente está presente em 85% das cidades brasileiras e conta com mais de 31 mil estabelecimentos credenciados em todo o País.
“Entendemos que o Farmácia Popular está defasado e com rentabilidade cada vez menor”, pontua o presidente da Febrafar. A categoria requer que o governo federal ouça as reinvindicações do setor, como a possibilidade de mais estabelecimentos atenderem ao programa.
Para 2025, a expectativa é de continuidade com relação às evoluções do setor, porém em menor crescimento. Na avaliação de Tamascia, a expectativa é que a categoria avance 9% no próximo ano com farmácias mais estruturadas e mix de serviços diversificado.
fonte: diario do comercio