Os pesquisadores levaram em conta o comportamento, percepção de risco, perfil socioeconômico e hábitos dos usuários dos famosos ‘vapes’
Um estudo do Instituto do Coração (InCordo Hospital das Clínicas (HCda Universidade de São Paulo apontou que os níveis de nicotina naqueles que usam diariamente cigarro eletrônico são até seis vezes maiores dos que usam cigarros convencionais.
O estudo foi realizado em parceria om a Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo e o Laboratório de Toxicologia da Rede Premium de Equipamentos Multiusuários da Faculdade de Medicina da USP (FMUSPe avaliou frequentadores de bares, shows e eventos em diversas cidades de São Paulo, incluindo a capital.
Os pesquisadores levaram em conta o comportamento, percepção de risco, perfil socioeconômico e hábitos dos usuários dos famosos ‘vapes’. Depois, foram medidos os níveis de nicotina e cotinina presentes nos produtos.
A professora Jaqueline Scholz, que conduziu o estudo, afirmou que nunca viu valores tão altos de nicotina nos pacientes de cigarros convencionais como viu nos usuários de cigarro eletrônico.
Apesar disso, ela afirmou que a fumaça desses dispositivos “não se compara à do cigarro convencional, porque tem outros produtos químicos, como partículas ultrafinas, que vão para corrente sanguínea”. Para entender o cenário do produto, a Vigilância Sanitária realizou coleta de material biológico de fumantes restritos aos eletrônicos e um questionário, que foi respondido por 417 participantes.
A pesquisa também apontou que a maioria dos usuários de vape tentou abandonar o dispositivo, mas não conseguiu, evidenciando a dependência causada pelo cigarro.
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