As compras de Natal devem movimentar R$ 6 bilhões na economia mineira este ano, um aumento de 7,5% em relação a 2023, conforme dados da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG).
De acordo com levantamento, 91% das pessoas entrevistadas pretende comprar presentes de Natal, e o tíquete médio dos presentes será de R$ 230,50.
Na avaliação do economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos da Silva, o cenário é de bons indicadores que podem estimular o consumo.
“Além de a data ser forte para o varejo e possuir apelo emocional, temos a injeção do abono natalino. Temos também o aumento da formalização de microempreendedores individuais (MEIse o aumento do emprego”, avalia.
Ele reconhece que o cenário econômico tem pedido cautela com o aumento de juros, mas acredita que a força da data é forte suficiente para trazer bons resultados para o varejo.
Conforme o levantamento, mais da metade dos mineiros (52,3%vai comprar tanto em lojas físicas quanto em lojas virtuais. Pouco mais de um terço (36,4%prefere somente as lojas físicas e 11,4% farão compras apenas pela internet.
Para 87,5% dos consumidores, o mês de dezembro é o preferido para as compras. Apenas 11,4% disseram aproveitar as promoções da Black Friday para antecipar as compras dos presentes de Natal.
Entre os itens preferidos para serem comprados como presentes estão os produtos do setor de vestuário (30,2%e calçados (17,4%).
“São produtos de primeira necessidade, presentes fáceis e que atendem a todas as classes sociais. Você encontra estes produtos em todos os valores e as pessoas definem o que conseguem pagar de acordo com as restrições orçamentárias de cada um”, diz Vinícius Carlos da Silva.
Cartão de crédito é opção preferida para pagamento
Apesar do sucesso das transações por Pix, no Natal deste ano, o cartão de crédito será a opção preferida dos consumidores como forma de pagamento. De acordo com o levantamento da FCDL/MG, o cartão para parcelamento e compras a prazo é a opção predileta de 53,4% dos entrevistados.
“O Natal atende o público em geral, não é um segmento igual o Dia das Mães ou o Dia das Crianças. Então, o consumidor presenteia várias pessoas e faz o cálculo certo para não ficar descapitalizado num cenário em que se exige cautela”, analisa o economista da FCDL/MG.
Ele explica que o cartão, se bem utilizado, ajuda muito já que o consumidor pode parcelar e ajustar a parcela para caber dentro do orçamento.
A opção pelo Pix ocupou o segundo lugar com 20,5% dos entrevistados optando por ele. Já o débito vem em terceiro, sendo opção de 15,9%. As opções crédito à vista (6,8%e dinheiro (3,4%ocupam os últimos lugares na preferência dos consumidores.
Maioria dos entrevistados investirá parte do 13º
O levantamento da FCDL/MG também questionou os consumidores sobre o destino que darão ao 13º salário, também conhecido como abono natalino. A maioria (41,3%disse que usará parte do 13º para poupar ou investir. Outros 30,4% usarão para comprar presentes e a menor fatia (28,3%usará o benefício para quitar dívidas.
“Não podemos negar que a taxa de juros alta estimula a poupança e os investimentos, há um grau de atratividade grande. A taxa de juros mais alta acaba exigindo cautela, mas a força e o apelo emocional do Natal, atrelado ao 13º, faz com que o mineiro tenha um controle melhor, sem deixar de ir às compras”, afirma Silva.