Para construir um imóvel no Estado, gastos com materiais e mão de obra somam R$ 1.684,62 o metro quadrado
O custo médio da construção civil segue avançando em Minas Gerais e teve crescimento de 0,53% em novembro. A alta no mês – superior à média nacional (0,24%– é reflexo do aumento no preço dos materiais, que somaram em novembro R$ 1007,53 por metro quadrado.
Nos últimos doze meses, o segmento acumulou variação de 4,56% no Estado – também superior à média nacional de 4,03%. As informações constam no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGEem parceria com a Caixa Econômica Federal.
Desta maneira, para construir um imóvel em Minas Gerais, hoje é necessário um investimento de R$ 1.684,62 por metro quadrado. Os materiais de construção civil, que ultrapassaram em novembro a casa dos R$ 1 mil, alcançaram preços superiores aos registrados no mês anterior e no mesmo período do ano passado, com valores de R$ 996,82 e R$ 964,66, respectivamente.
Ao contrário dos insumos, o custo da mão de obra registrou leve retração na comparação com outubro (R$ 678,82), passando a custar R$ 677,09. Entretanto, o valor é inferior em relação a novembro de 2023, cujo custo de trabalho estava em R$ 646,48.
Além de Minas Gerais, o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, destaca que a alta influenciada pelo custo de materiais pode ser observada também nos demais estados da região Sudeste, que apresentou variação regional de 0,3%. O aumento é o maior dentre as regiões brasileiras, seguido pela região Sul (0,26%), Nordeste (0,22%), Norte (0,16%e Centro-Oeste (0,1%).
“A Região Sudeste, com aumento no segmento dos materiais em todos os estados, ficou com a maior taxa em novembro, e o Espírito Santo com maior índice entre os estados”, pontua.
Mais de 60% das empresas de materiais pretendem investir no próximo ano
A alta crescente no setor de materiais mantém o otimismo e a estabilidade da categoria para os últimos meses de 2024. Levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramatmostra que o setor projeta crescimento de 4,5% em 2024 na comparação com o ano passado.
Na análise por segmento, em outubro, o faturamento das indústrias de materiais de base avançou 8,3%, enquanto os materiais de acabamento expandiram 10,7% sobre 2023.
Para o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, o faturamento das indústrias de materiais de construção segue mostrado resultados consistentes, superando as expectativas de crescimento no decorrer do exercício. “Esses dados não apenas sinalizam um bom desempenho no ano, mas também criam um ambiente propício para um início promissor para 2025, com maior confiança do mercado e potencial para novos investimentos”, diz.
Com a alta no faturamento e a demanda consistente por insumos, os empreendedores estão otimistas. Segundo a entidade, 59% dos associados avaliam que os últimos meses de 2024 devem ser positivos para o setor, com 64% afirmando que pretendem investir nos próximos 12 meses, impulsionados pela retomada de obras e realização de novos investimentos no Brasil.
Itatiaia / Diario do comercio