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Mais da metade das pequenas e médias empresas brasileiras já utiliza inteligência artificial

Publicada em: 27/12/2024 06:12 - Notícias

Uma pesquisa da HostGator revelou que 61% das PMEs no Brasil já utilizam inteligência artificial (IA), com 68% dos empresários acreditando que a tecnologia impulsionará o crescimento e a competitividade nos próximos cinco anos

 

A inteligência artificial (IAestá cada vez mais integrada ao dia a dia das pequenas e médias empresas (PMEsno Brasil. Hoje, 61,41% dos empresários brasileiros utilizam essa tecnologia em suas operações. E, para pouco menos da metade deles (46%), a experiência com a IA já faz parte de suas atividades rotineiras de maneira regular.

Neste universo, 68,34% acreditam que a inteligência artificial vai ajudar as pequenas e médias a crescerem e se tornarem mais competitivas nos próximos cinco anos. Os dados são do provedor de hospedagem compartilhada, HostGator, que realizou a pesquisa “Futuro das Empresas: O impacto da Inteligência Artificial nas PMEs”.

O levantamento também revelou que 91,63% dos entrevistados confiam no potencial da IA para melhorar a eficiência operacional. Esse nível de confiança reflete a percepção dos empresários sobre o impacto positivo da tecnologia no cotidiano de suas empresas.

Segundo o vice-presidente de Growth da HostGator, Ricardo Melo, mais da metade das PMEs utilizarem a IA nos seus processos já é um marco importante. “A tendência é de crescimento nos próximos anos, com o avanço de soluções mais acessíveis e adaptadas aos negócios de menor porte”, considera o executivo.


 

Para ele, a pesquisa mostra que a IA já ocupa um lugar significativo nas operações cotidianas das PMEs e que há um grande potencial para crescimento no setor.

“Esse movimento fortalece a competitividade das empresas menores e sinaliza um futuro onde a tecnologia será um diferencial indispensável para o sucesso no mercado”, projeta.

Empreendedor mineiro é mais ‘temeroso’ quanto ao uso da tecnologia

Para a analista de Inovação e Mercado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas), Carla Gobb, quando se fala em tecnologia, o empreendedor mineiro tem um comportamento mais temeroso.


 

“Em muitas ocasiões ele ‘acha’ que, para utilizar uma ferramenta de IA, vai ter que investir muito dinheiro. Ele acredita que, às vezes, terá um alto custo para utilizar a tecnologia e mantê-la, o que representa uma falta de conhecimento em relação às novas tecnologias”, salienta.

Saiba quais áreas das PMEs têm se beneficiado com o uso da inteligência artificial:

 

  • marketing digital – com a criação de conteúdo e a geração de imagens e vídeos personalizados;
  • atendimento ao cliente, por meio de chatbots e assistentes virtuais;
  • vendas – com automação e personalização de ofertas;
  • finanças – facilitadas pelo planejamento financeiro e controle de custos;
  • gestão de pessoas – recrutamento e na análise de desempenho.

Perspectivas para o futuro

O levantamento também apontou que 26,73% dos empresários planejam adotar a IA no futuro, enquanto 11,86% dizem não ter interesse ou conhecimento suficiente sobre a tecnologia.

Esses dados indicam um mercado em transição, no qual iniciativas voltadas à educação e à acessibilidade tecnológica podem desempenhar um papel fundamental para aumentar ainda mais a adesão a essas ferramentas.

Segundo Carla Gobb, com a democratização da IA, hoje, já existem muitas ferramentas gratuitas e fáceis de utilizar.


 

“Muitas pessoas procuram o Sebrae Minas em busca de mais informação. Acredito que é um comportamento que começou forte, está crescendo, e tem uma tendência de evoluir mais. Até porque estamos vendo mais ferramentas no mercado, que estão passando por aperfeiçoamento e evolução a todo momento”, avalia.

A analista destacou que a parte mais importante ao pensar em utilizar uma nova ferramenta ou tecnologia é sempre o conhecimento. “É entender o que o mercado oferece, quais são as possibilidades e, principalmente, avaliar de acordo com a necessidade”, explica.

“Hoje, existem diversas ferramentas que podem ajudar, por exemplo, no marketing, vendas, atendimento, estoque, operação e, às vezes, até na gestão de pessoas. O primeiro passo é entender todas essas possibilidades e cruzar com a necessidade da empresa, para poder conseguir encontrar ou utilizar uma ferramenta que seja mais adequada”, completa.

Carla orienta que muitas vezes o que o empreendedor das PMEs precisa pode ser encontrado em uma ferramenta gratuita, pelo menos para os pequenos negócios.


 

“O marketing digital, por exemplo, é um gargalo para o pequeno negócio. Muitas vezes, esse pequeno empresário não tem mão para operar, criar uma legenda, fazer uma arte, um layout de um post ou, às vezes, responder o cliente. Existem ferramentas gratuitas que ajudam nessa área”, aponta.

Saiba como os empresários das PMEs veem a IA nos próximos anos:

  • 68,34% das pessoas acreditam que a inteligência artificial ajudará as PMEs a crescerem e se tornarem mais competitivas nos próximos cinco anos;
  • 19,50% avaliam que a IA permitirá uma maior eficiência operacional, mas sem grande impacto no crescimento dessas empresas;
  • 6,76% acreditam que ainda é muito cedo para afirmar o impacto;
  • 4,25% veem a IA como uma possível ameaça se não houver adaptação;
  • 1,16% considera, que não haverá mudanças significativas.

 

Desafios e obstáculos no uso de IA

Apesar dos avanços, as PMEs ainda enfrentam desafios significativos para implementar a IA em suas operações. Entre as principais barreiras estão o custo elevado de algumas soluções e a falta de conhecimento sobre as aplicações práticas da IA nos negócios.

Além disso, a qualificação profissional também representa um grande desafio, pois a escassez de profissionais capacitados dificulta a implementação e o gerenciamento de soluções baseadas em IA.

“Esses obstáculos indicam a necessidade de políticas públicas, capacitações e soluções acessíveis para que a IA se torne ainda mais presente no universo das PMEs brasileiras. O estudo da HostGator evidencia que, embora a IA já esteja consolidada em muitas operações, seu crescimento futuro dependerá da superação desses desafios, abrindo caminho para uma transformação digital ainda mais abrangente”, avalia Ricardo Melo.

 

 

Diario do comercio

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