Clínico médico menciona quais cuidados tomar diante o calorão e os principais riscos à saúde; sensação térmica pode chegar a 50°C nesta semana
A região Sudeste e grande parte do Brasil está sob uma forte onda de calor nesta semana. Segundo o Climatempo, as temperaturas máximas podem subir entre 5°C e 7°C acima da média até o dia 24 de fevereiro.
Em algumas cidades, a previsão é que os termômetros cheguem ultrapassem os 40°C. O baixa umidade também fará com que a sensação térmica aumente e chegue a 50°C.
O médico clínico geral Último Libânio, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica em Minas Gerais, explica que com as altas temperaturas, o corpo utiliza algumas ferramentas, como o suor, para não superaquecer. O problema é que, com a perda de água, as chances de desenvolver uma desidratação aumentam.
Libânio descreve quais os principais riscos da desidratação pelo calor excessivo e do tempo seco.
“A desidratação pode desencadear complicações circulatórias e metabólicas, como confusão mental, desmaio e problemas renais. A alta exposição ao calor pode levar inclusive à morte. Podem haver também complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento das mucosas. A umidade relativa do ar baixa também dificulta a dispersão de gases poluentes, que é associado ao ressecamento das mucosas, torna as pessoas mais vulneráveis à crises de asma, infecções virais e bacterianas. O tempo seco também pode causar sangramento nasal”, disse.
Como se proteger?
O médico alerta que a população deve beber água regularmente, mesmo sem sede, para prevenir a desidratação.
“A hidratação talvez seja o cuidado principal, mas não consuma apenas água pura. Deve fazer parte da hidratação sucos, chás e bebidas isotônicas. O uso exclusivo de água na hidratação pode levar uma hiponatremia, que é uma queda dos níveis de sódio, o que também pode ser danoso”, explica.
Além disso, o médico recomenda outros cuidados importantes: “Evite o consumo de bebidas alcoólicas, pois elas agravam a desidratação. Use protetor solar, bonés, chapéus, roupas leves e planeje as atividades ao ar livre para horários mais frescos do dia, antes das 10 horas e depois das 16 horas. Evite aglomerações, principalmente em ambientes fechados, e opte por alimentos leves e de fácil digestão”, orienta.
Além dos cuidados com o sol e o calor extremo, o clínico geral chama atenção para alternativas de driblar o tempo seco. “Umidifique o ambiente. Pode ser com o umidificador de ar, toalhas molhadas ou recipientes com água”, comenta.
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