Atividades bancárias, serviços médicos, telecomunicações e transporte foram afetadas nesta sexta-feira (19após uma falha de escala global em sistemas de TI. Companhias aéreas internacionais e empresas ferroviárias confirmaram problemas de operação.
Mas, afinal, o que causou a pane? O que pode ser feito para evitar esse tipo de problema? A reportagem conversou com o professor da Estácio BH José Teixeira Horta Junior, Mestre em Educação Tecnológica e Especialista em Segurança da Informação, para entender o que aconteceu.
Primeiro, o problema ocorreu na empresa de segurança cibernética norte-americana CrowdStrike — uma das maiores do mundo do setor. “O foco principal é gerenciar segurança na Internet, incluindo proteção contra violações de dados e ataques sofisticados implantados por hackers”, disse o especialista.
Dessa vez, produto afetado se chama CrowdStrike Falcon. “Ele é utilizado para obter informação de ataque ‘em tempo real’, fornecendo tempo para implementar medidas de segurança elaboradas. A CrowdStrike Falcon unifica antivírus, detecção e resposta a eventos de segurança, utilizando inteligência artificial. Tudo isso embarcado em um único sensor”, explicou.
Conforme o professor, a empresa é muito utilizado em sistemas operacionais do Windows. “A facilidade de instalação e gerenciamento dos sistemas e a adoção pela Microsoft tornou o CrowdStrike um dos softwares de segurança mais utilizados do mundo”, disse José.
Mais cedo, segundo a empresa, o problema foi identificado. “A CrowdStrike está trabalhando ativamente com os clientes afetados por uma falha encontrada em uma atualização de conteúdo dos usuários do Windows (...não é um incidente de segurança ou um ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi aplicada”, escreveu George Kurtz nas redes sociais X e LinkedIn.
“Esta atualização causou o colapso do sistema operacional Windows, incluindo servidores. Estes servidores são a base de muitos serviços pelo mundo, como serviços bancários e de transporte. A atualização fez com que estes servidores parassem de funcionar e consequentemente os serviços hospedados neles”, afirmou.
Ele disse que, para evitar este tipo de indisponibilidade, as atualizações são testadas antes de ser implantadas. “Então, a forma de evitar estes problemas é testando as atualizações antes de aplicá-las em massa nos servidores e computadores”, acrescentou.
Fonte: Itatiaia
Foto - redes sociais/ reprodução