Começa hoje em todo o planeta a Semana Mundial da Amamentação. A campanha é promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMSe pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicefe, tem como objetivo destacar a importância do aleitamento materno para o bebê e para as mães. No Brasil, a campanha Agosto Dourado tem o mesmo objetivo de incentivar a amamentação. A cor dourada que marca o mês está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
A OMS classifica a amamentação como uma das formas mais eficazes de garantir saúde ao longo de toda a infância. Ainda assim, menos de 50% das crianças com menos de seis meses de vida são exclusivamente amamentadas. A entidade de saúde reforça que o leite materno é o alimento ideal para bebês. É seguro, limpo e contém anticorpos que ajudam a proteger contra diversas doenças infantis comuns. Ele fornece toda a energia e os nutrientes que o bebê precisa durante os primeiros meses de vida, fornece pelo menos a metade das necessidades nutricionais de uma criança durante a segunda metade do primeiro ano de vida e até um terço das necessidades nutricionais durante o segundo ano de vida.
Além disso, a OMS destaca que crianças que se alimentaram do leite materno têm melhor desempenho em testes de inteligência, menos probabilidade de apresentar excesso de peso ou obesidade e são menos propensas a diabetes na vida adulta. De acordo com a pediatra do Grupo Oncoclínicas, Michele Moreira, quanto maior o estímulo que essa mãe vai ter durante a vida, de amamentar, mais ela vai estar protegida de doenças que são graves, como por exemplo, o câncer de mama. A especialista ainda explica que além dos benefícios para a saúde, o leite materno é essencial para gerar o vínculo entre mãe e filho. “Além da importância biológica, da transferência de anticorpos, da nutrição, é uma forma de vínculo muito importante entre o bebê e a mãe. Nesse processo de amamentação, essa mãe vai construir essa relação com esse bebê que acabou de chegar”.
A pediatra ainda alerta que a amamentação é ainda mais importante para os bebês prematuros, apesar de ser mais difícil. “Principalmente para bebês prematuros, que tiveram menos tempo dentro do útero. Então, a gente orienta que essas mães continuem gerando esse momento de oferta do leite materno e é de extrema importância que você tenha um apoio, tanto de enfermeiras quanto de consultoras de amamentação, para que esse processo se estabeleça nesse novo momento”, orienta.
Segundo Michele Moreira, pediatra do Grupo Oncoclínicas, a Sociedade Brasileira de Pediatria orienta a amamentação até dois anos. Exclusiva até seis meses de vida. A partir dos seis meses, a gente começa com a introdução alimentar para todas as crianças e esse processo vai deixando de ser exclusivo para se tornar um complemento com outros alimentos sendo introduzidos até os dois anos de idade.
Fonte: Itatiaia