Série especial destaca importância da denúncia e atuação da polícia no combate à violência doméstica, quinta maior causa de feminicídio no Brasil
O Brasil ocupa a quinta posição mundial em taxa de feminicídios, com 4,8 casos para cada 100 mil mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde. Mas qual é a importância da denúncia de violência doméstica para evitar esse crime?
O caso de Diana Ribeiro de Almeida Oliveira, de 37 anos, assassinada a facadas pelo ex-companheiro em Ribeirão das Neves, ilustra a gravidade da situação. A irmã da vítima relatou o terror vivido por Diana: ‘Ela me mostrou os áudios, falava comigo o desespero que ela estava vivendo, ela não dormia mais, queria separar porque não aguentava mais’.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que 25% das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência no último ano, incluindo agressões físicas, psicológicas e sexuais. O perfil predominante das vítimas é de mulheres jovens e negras, representando 62% dos casos.
Para enfrentar esse cenário, a Polícia Militar de Minas Gerais implementou a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica em mais de 150 municípios do estado. O Tenente Marco Tulio, oficial adjunto da seção de direitos humanos e prevenção de violência doméstica, explica: ‘O trabalho realizado pela polícia militar é através do serviço das patrulhas de prevenção à violência doméstica. Nos municípios onde não temos as equipes das patrulhas, essas ocorrências são preferencialmente atendidas também por uma policial do sexo feminino’.
Ciclo da violência e importância da denúncia
O ciclo da violência doméstica é caracterizado por fases de lua de mel, aumento de tensão e explosão da violência. O Tenente Marco Tulio ressalta a importância de quebrar esse ciclo: ‘A mulher que sabe os seus direitos tem maior capacidade de romper esse ciclo da violência e, efetivamente, ser protegida e ter toda proteção prevista na Lei Maria da Penha’.
A denúncia é fundamental para interromper esse ciclo. Quando uma vítima liga para o 190, a ocorrência é marcada como violência doméstica e recebe prioridade no atendimento. As autoridades enfatizam que a violência não se limita apenas à agressão física, mas inclui também a violência psicológica, muitas vezes invisível para quem está de fora.
Esta matéria foi produzida com auxílio de Inteligência Artificial e finalizada por um jornalista da Itatiaia.
Assista a video na integra