Minas Gerais ocupou a terceira posição na proporção de empresas inadimplentes do Sudeste, em agosto, com 26,6% de acordo com o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, divulgado nesta quarta-feira (9). São 606.911 empresas no “vermelho” no Estado.
São Paulo ocupou o primeiro lugar, com 38,2% do total de empreendimentos existentes, o que equivale a 2.338.113 companhias, seguido pelo Rio de Janeiro (35,5%). O Espírito Santo foi o estado que registrou o menor número de empresas inadimplentes (26,6%na região. Embora com o mesmo percentual de Minas, em número absoluto o total chega a 125.680.
Na avaliação por regiões, o ranking dos cinco estados com a maior taxa de inadimplência das empresas do País em agosto foi constituído por: Maranhão (43,6%), Alagoas (43,1%), Amapá (42%), Rondônia (41,3%e Pará (40,4%). Já os estados que registraram a menor taxa de contas em atraso foram: Espírito Santo (26,6%Goiás (25,7%), Piauí (25,3%), Santa Catarina (25,6%e Rio Grande do Sul (24,9%).
Inadimplência das empresas no Brasil
No País, os dados de agosto indicaram que três em cada 10 companhias (32,6%existentes no País estavam com o CNPJ no vermelho. Essa porcentagem corresponde a 6,9 milhões de negócios, número que se mantém estável desde maio. O total devido em agosto superou a R$ 149,1 bilhões, com um tíquete médio de cada conta atrasada estimado em R$ 2.977.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a interrupção na queda da taxa básica de juros (Selic), que vinha se mantendo estável, pode contribuir para a permanência da alta inadimplência, principalmente para as dívidas de longo prazo.
“Empresas com esse tipo de endividamento enfrentam riscos maiores e o aumento das taxas de juros pode resultar em pagamentos mais altos, complicando a gestão financeira. A incapacidade de refinanciar ou renegociar essas dívidas pode levar à insolvência”, analisa.
Além disso, ele aponta a valorização do dólar como uma pressão extra, já que os importadores de insumos ou produtos são diretamente impactados. “O fortalecimento da moeda norte-americana encarece essas importações, reduzindo as margens de lucro e prejudicando a liquidez necessária para cumprir com as obrigações financeiras”, observa.
Ainda segundo o indicador, a maior parte das empresas negativadas eram do segmento de serviços, que liderou com 56,0%, seguido por comércio (35,0%), indústria (7,3%), primário (0,8%e outros (0,3%), que contempla negócio financeiro e do terceiro setor. Já em relação ao setor das dívidas, a maioria era de serviços (31,2%e a minoria de securitizadoras (0,7%).
Análise da inadimplência por porte das empresas
No oitavo mês do ano, as micro e pequenas puxam a inadimplência das empresas no Brasil, Do total de 6,9 milhões de empresas inadimplentes, 6,4 milhões eram do porte de micro e pequenas que, juntas, acumularam mais de 45,3 milhões de dívidas, totalizando um valor devido superior a R$ 128,1 bilhões. Isso indica uma média de sete contas atrasadas por CNPJ no Brasil.
Em quantidade, Minas Gerais ocupou a segunda posição na inadimplência das micro e pequenas empresas com 574.335 em agosto. A liderança ficou com o vizinho São Paulo, com 2.198.194. O Rio de Janeiro ocupou o terceiro lugar com 572.283.
fonte: diario do comercio